Antigas

Você sabia que toda moto foi feita para fazer curvas? O segredo está no olhar.

Postado em: 14 janeiro, 2014

É muito comum ouvir que uma ou outra moto é ruim na hora de fazer curvas. Você mesmo, andando em diferentes modelos de motos, certamente sentiu alguma dificuldade em contornar uma determinada curva com sua moto. Parece que a moto é dura, tem vida própria e só quer ir reto. Bom, existe uma técnica para entender tudo isso.

É muito fácil confundir uma moto ágil (aquela que responde rápido a qualquer solicitação, como um simples toque no guidão) com moto de curva (aquela que contorna a curva em segurança e que permite grande inclinação). A facilidade ou dificuldade de contornar as curvas com uma moto está na harmonia que o conjunto ciclístico oferece. Ele é determinado por muitas variáveis como distâncias entre eixos, perfil dos pneus, tipo do chassi, tamanho das rodas e peso do conjunto. Independente da moto, uma coisa é certa: ela foi feita para fazer curvas!

Como fazer curvas em motos

Este post dará maior importância a duas características da motocicleta que ajudam na hora de fazer uma curva: limite físico e limite de segurança.

– O limite físico é o limite onde as partes fixas da moto, como pedaleiras, mata-cachorro, descanso lateral, central, escapamento e bolsas laterais encostam no chão durante a curva.

– O limite de segurança é o limite da borda lateral dos pneus, conhecido como “ombro” ou “borda do ataque”, como muitos pilotos chamam. É o limite de aderência com o piso.

 

Reconhecendo estes limites é possível traçar uma trajetória correta e segura da curva. Porém, os limites são diferentes para cada estilo de moto e, de forma geral, podem ser definidos assim:

ESPORTIVA: limite físico e de segurança bem altos e, normalmente, as pedaleiras encostam no chão antes de se chegar ao “ombro” dos pneus;

CUSTOM: possuem muito limite de segurança, porém com pouco limite físico; é comum contornar curvas raspando a pedaleira sem chegar perto do limite de segurança;

SCOOTER: o que pode ser muito aproveitado é a sua agilidade, não precisando muito de inclinação para se manter na trajetória da curva. Mas são motos com limites razoáveis tanto no perfil de seus pneus quanto nos limites físicos;

STREET E CUB: possuem ótimos limites físico e de segurança. Mas deve-se tomar cuidado com alguns modelos que têm pedaleiras fixas, não retráteis. Se encostarem no chão com muita força a roda traseira sai do chão;

NAKED: muitas nakeds possuem limite físico muito alto (igual às esportivas). Porém, como há diferenças nas suspensões, o peso do piloto não irá influenciar tanto para baixar a moto e fazer as pedaleiras fazerem o limite físico. Alguns modelos podem vir com pneus de pouca flexibilidade, gerando a necessidade de muita atenção para não sofrer um acidente nas curvas;

TRAIL E BIG TRAIL: muitos acham que, por serem altas, os limites físicos não encostam no chão. Mas com pneus mais voltados para asfalto e com suspensões mais macias, o peso do piloto influencia muito. Há motos neste estilo que são muito altas e os limites de segurança das laterais dos pneus são poucos em relação a sua ciclística. Então, ao invés de inclinar demais, aproveite a agilidade destes modelos;

MOTARD: agilidade com muito limite de inclinação. Pedaleiras encostam facilmente no chão e ainda tem pneu para inclinar. Tome cuidado para não sofrer uma queda com este modelo.

 

De olho na curva: manter a visão fixa no final da curva ajuda a manter o trajeto ideal.

Como fazer curvas em motos

Foto: Rachel Patterson / Creative Commons

Falamos sobre os limites para cada estilo de moto. Agora, temos uma última recomendação para contornar as curvas com segurança sem sair da sua trajetória: a direção do olhar. Se você quer terminar a curva, é preciso olhar para onde você quer ir. Olhe para o final dela. Muitos acidentes acontecem porque algumas pessoas, por vício de pilotagem ou não, deixam o olhar fixo para frente enquanto realizam a curva. Outros olham para o chão bem próximo, bem a sua frente. O correto é olhar para o final da curva e cumprir o traçado dela. Assim estará programada a trajetória.

Experimente, é fantástico. Você vai ter a sensação de que a moto vai sozinha.

 

FONTE: MotoOnline

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