Pneu sem câmara é mesmo a melhor pedida.

magnetron
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29 jul 2014

Pneu não é tudo igual. Entre tantas marcas, tamanhos e modelos, um aspecto destaca-se do ponto de vista da segurança: se eles têm ou não câmara. E isso (acredite) pode salvar sua vida.

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À esquerda, moto com roda de liga leve (Dafra Riva 150); ao centro e à direita, motos com
rodas radiadas (Yamaha YBR 125 Factor e Honda CG 125 Fan) (Foto: Caio Kenji / G1)

“Tubeless” é o termo que define o pneu sem câmara, enquanto “tube type” é o nome dado ao modelo com câmara.

São várias as diferenças entre pneus tubeless e tube type. A principal delas é que o pneu sem câmara, quando atravessado por um prego, tenderá a esvaziar gradualmente. Já os pneus com câmara de ar esvaziarão praticamente de uma vez.

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Pneu “tubeless” sem câmara (Foto: Roberto Agresti)

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Pneu “tube type”, com câmara (Foto: Roberto Agresti)

Vamos comparar como funciona um e outro: quando o pneu “tubeless” perde pressão, o motociclista percebe que a moto fica com a agilidade e maneabilidade comprometida, mas, basta parar em um posto e regular a pressão que tudo volta ao normal. Já o esvaziamento rápido do pneu “tube type”, especialmente do pneu dianteiro, torna o controle da moto praticamente impossível. Daí o bicho pega e as consequências podem ser desastrosas, principalmente em alta velocidade.

E sabe por que os “tubeless” têm essa capacidade de retardar o esvaziamento? Porque neles há uma camada interna chamada de “liner”, que funciona como uma capa que assegura maior retenção do ar. Além disso, no desenho do talão de um pneu sem câmara a área de contato com o aro é mais ampla, assim como também há uma tolerância dimensional limitada. Fazer o pneu sem câmara entrar na roda é sempre mais difícil porque essa folga é pequena, justamente para eliminar a chance de o ar escapar.

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Estrutura de um pneu “tubeless”, sem câmara (Foto: Divulgação/Pirelli)

Se você gostou da ideia de usar pneus sem câmaras, antes de mais nada certifique-se de que as suas rodas são específicas para esse tipo de pneu. A regra é simples: se sua moto tem roda de liga, OK, vá em frente. Nas rodas raiadas, nunca use, salvo no caso de algumas motos maxitrail, que contam com rodas raiadas projetadas para eles, ou se você colocar câmara de ar no “tubeless” antes de instalá-los.

As vantagens dos pneus sem câmara é indiscutível. Em primeiro lugar vem a segurança, é claro. Mas, a praticidade na hora do conserto também conta. Nesse caso, pneu sem câmara é uma verdadeira “mão na roda”.

Se liga na dica:

Se tiver um prego ou qualquer outro objeto espetado no pneu, não o retire! Enquanto ele estiver ali, o ar que se perde tende a ser mínimo. Uma vez no borracheiro, o conserto do pneu sem câmara não exige a demorada operação de retirada da roda. Basta remover o objeto perfurante e inserir no furo uma espécie de “macarrãozinho”, componente específico que veda a fuga de ar. Você mesmo pode ter um kit com esse material e a ferramenta para aplicá-lo. Caso precise trocar os pneus, opte sempre por fabricantes renomados.

Resumindo: pneus sem câmara devem ser a primeira opção, tanto na hora da reposição como no momento da escolha de uma nova moto. No caso dos modelos sem rodas adequadas aos “tubeless”, é recomendável realizar a troca das rodas, o que pese um pouco no orçamento (um par de rodas de liga leve para uma 125/150cc pode custar cerca de R$ 500, o que é praticamente 10% do valor dessa moto zero km). Porém, se você considerar o ganho em segurança, esse investimento vale cada centavo.

 

Via G1 Motos

 

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